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Lançamentos avançam 39% e vendas de imóveis novos crescem 21% no 1º trimestre, diz Abrainc

Os lançamentos de imóveis no primeiro trimestre de 2021 avançaram 39%, em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 26.384 unidades, segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). As vendas, por sua vez, aumentaram 21% na mesma comparação, chegando a 34.823 unidades.

Diante dos resultados do período de janeiro a março, Luiz Antônio França, presidente da associação, prevê que os lançamentos fechem o ano com crescimento na casa dos 40% e as vendas, possivelmente em 30%.

Entre as principais razões, segundo o executivo, está a redução expressiva dos juros dos financiamentos imobiliários. No Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que utiliza os recursos da caderneta de poupança na concessão de crédito, as taxas médias saíram de 12,4% ao ano em março de 2017 para 7,7% em março deste ano, o que ajudou a aumentar o poder de compra das famílias.

“Cada 1% de redução na taxa de juros representa, em média, um aumento de 10% do poder de compra”, afirmou França em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (9).

Com isso, na visão do executivo, tanto as famílias passaram a ter acesso à possibilidade de comprar um imóvel, quanto puderam manter seus planos de aquisição mesmo que as unidades desejadas tenham sofrido aumento de preço – afinal, a capacidade de pagamento se manteve.

O mesmo movimento teve impacto também no público que compra imóveis com a finalidade de investimento. Com a taxa básica de juros (Selic) a 3,5% ao ano atualmente e a inflação medida pelo IPCA superando 8% nos últimos 12 meses, cresceu o interesse pelos imóveis destinados à locação – ainda que os preços dos aluguéis, nos últimos meses, pouco tenham avançado nos últimos meses em muitas cidades.

“Diante de juros muito baixos, os investidores verificam que ainda há boa oportunidade de rentabilidade nos imóveis”, disse França. Ainda que o Banco Central tenha voltado a elevar a Selic nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), não há expectativa de retorno das taxas para dois dígitos, afirmou o executivo.

França destacou ainda que houve crescimento no valor geral de vendas (VGV). No primeiro trimestre, o VGV dos lançamentos somou R$ 6,4 bilhões, o que representou um avanço de 46% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o VGV das vendas aumentou 33%, chegando a R$ 8,7 bilhões.

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